GEPPAV apresentou Álbum de Memórias do CIRV

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Foi apresentado este Domingo, dia do tradicional Almoço de Reis, o novo trabalho do GEPPAV, intitulado “Álbum de Memórias do Centro de Instrução e Recreio Vilarmourense”. Perante o muito público presente na sede da Barrosa, a sessão de lançamento foi aberta pelo presidente da direcção do CIRV, Mário Ranhada, que declarou o seu orgulho pela obra agora apresentada aos vilarmourenses, bem demonstrativa do trabalho desenvolvido pela colectividade ao longo da sua história. Seguidamente, o trabalho foi sumariamente explanado por um dos membros do GEPPAV, Paulo Torres Bento, que salientou estar cumprida com o lançamento deste livro uma tarefa a que o grupo se propôs desde a sua constituição e para a qual foi recolhendo todos os dados possíveis. Novas e velhas gerações de vilarmourenses passam a dispor de um manancial de informações e imagens em que se podem apoiar com confiança para revisitar os episódios e os protagonistas do longínquo e mais recente passado cultural e recreativo da aldeia, devidamente inserido nos diversos contextos.
Adiantou depois que, apesar do CIRV ter sido fundado em 1935, razões fundamentadas fazem recuar a sua história a 1907 porque é nas vésperas da implantação da República que radica a sua origem e grande parte do património genético que ainda hoje transporta consigo. Isso mesmo se explica no primeiro capítulo do estudo, a que se segue o relato da época áurea do teatro vilarmourense no velho Clube da Batalha, cenário de memoráveis espectáculos e bailes nos anos trinta a cinquenta do século XX. Vieram depois os tempos penosos da emigração europeia e da guerra colonial, que afastaram tantos vilarmourenses da sua terra, disso se ressentindo o CIRV. Antecipando o regresso da Democracia e da Liberdade em Abril de 1974, uma nova geração aliada a elementos mais antigos, reactivou a associação a partir de meados dos anos sessenta, um momento de viragem que conduziria a um dos períodos mais dinâmicos da sua existência com a mudança para a actual sede na Barrosa em 1986. Foi uma época marcada pela figura de Armando Ranhada, recentemente falecido, que no final da sessão de lançamento foi homenageado com o descerrar de uma lápide afixada no átrio da sede do CIRV, tarefa desempenhada por um dos seus filhos, Ricardo Ranhada. Não escondendo a emoção, Basílio Barrocas, actual presidente da assembleia geral da colectividade, proferiu depois breves mas sentidas palavras sobre a personalidade e a acção daquele que foi durante muitos anos seu colega na direcção, apesar dos diferentes ideais políticos. A edição do “Álbum de Memórias do Centro de Instrução e Recreio Vilarmourense” foi apoiada pela Câmara Municipal de Caminha, que se fez representar no lançamento pelo seu vice-presidente Flamiano Martins, bem como pela Junta de Freguesia de Vilar de Mouros, também presente na pessoa da sua presidente Sónia Fernandes. Nas suas intervenções, não deixaram ambos de recordar o seu próprio percurso associativo, salientando a importância de preservar as tradições de passadas gerações mas também de projectar uma esperança para o futuro das colectividades de cultura e recreio das freguesias, hoje a viverem sérias dificuldades de participação.
 
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