IV Caderno do Património Vilarmourense lançado ontem

 O Grupo de Estudo e Preservação do Património Vilarmourense (GEPPAV) assinalou ontem, dia 19, o início das comemorações do 10.º aniversário da sua fundação com a publicação do IV Caderno do Património Vilarmourense "Minas e mineiros em Vilar de Mouros no século XX. Exploração de estanho e volfrâmio nas concessões da Fonte Nova e Castelhão", a inauguração da exposição "Famílias Vilarmourenses" e o lançamento do novo portal na Internet.

A sessão de lançamento do IV Caderno decorreu no Centro de Instrução e Recreio Vilarmourense (CIRV) e juntou dezenas de pessoas do concelho de todas as áreas da vida pública, entre as quais os autores do livro, Joaquim Aldeia, Plácido Souto, Paulo Torres Bento, Basílio Barrocas e João Arieira, a coautora, Raquel Alves, o presidente do CIRV, Mário Ranhada, o presidente da Junta de Freguesia de Vilar de Mouros, Carlos Alves e o presidente da Câmara de Caminha, Miguel Alves. Depois do lançamento do livro, seguiu-se a inauguração da exposição "Famílias Vilarmourenses".

 

 

Miguel Alves disse ser um privilégio assistir ao lançamento do IV Caderno do Património Vilarmourense: "Estar aqui hoje e saudar o vosso trabalho. Saudar a vossa produção e perceber que desta história que é a história viva, talvez não tenhamos só volfrâmio, mas que possamos ter aqui ouro. Ouro que interessa a todos. Ouro que nós temos que valorizar em prol da nossa terra, em prol das nossas gentes".

O presidente da Câmara realçou que Vilar de Mouros muito tem feito para preservar a sua história, através dos muitos trabalhos realizados, através da forma como as pessoas se evolvem, e exemplificou: "como estamos hoje aqui, num domingo de manhã, a participar num evento que todos tomamos como nosso. É essa a grande valia deste evento".

Sobre IV Caderno, Miguel Alves disse que é importante ainda que a autarquia esteja preparada para olhar para este trabalho não apenas de um modo contemplativo, mas de modo a valorizá-lo.

Mário Ranhada felicitou o GEPPAV por mais uma publicação e pelos 10 anos de atividade, referindo que o GEPPAV com as suas pesquisas vai escrevendo "pedaços de história de Vilar de Mouros, trazendo algumas recordações dos tempos de juventude aos mais idosos, dando-nos a conhecer melhor a nossa terra dos tempos que já lá vão".

A apresentação do livro coube a Joaquim Aldeia, que começou por fazer uma apresentação do GEPPAV, explicando aquilo que este grupo de estudo faz no dia a dia, desde o momento da sua fundação. Joaquim Aldeia realçou que o grupo está "sempre de olhos postos no passado e que o futuro do GEPPAV começou já a ser construído com a recente renovação dos seus membros, o lançamento do novo portal na Internet e o arranque de uma nova área de pesquisa - a faiança oitocentista da fábrica de cerâmica do Chelo". Sobre o IV Caderno, disse também ser o cumprimento de uma promessa realizada aquando da publicação do I caderno. Joaquim Aldeia agradeceu à Câmara Municipal de Caminha o apoio manifestado, bem como a outras instituições e pessoas singulares.

Raquel Alves fez também uma apresentação do IV Caderno Vilarmourense. Raquel Alves explicou que o seu papel "foi ligar a gente à terra e perceber o que é que aconteceu que a todos trouxe um motivo de orgulho - Mineiros Vilarmourenses - e uma preocupação - o facto das minas não serem o passado, mas a revisão do território hoje para projetar o futuro. É uma alavancagem para o setor primário". Para a geóloga o setor mineiro no passado foi uma base de sustento mas que hoje deve ser repensado. E explicou: "estamos num momento de aumento de cotação do minério, que a todos deve preocupar neste território que é tão diverso do ponto de vista geológico, mas que a todos interessa preservar do ponto de vista ambiental, de subsistência das populações e da própria organização do território". A investigadora ainda salientou que a investigação sobre os mineiros de Vilar de Mouros não está fechada e deve ser continuada, porque "o património não é pertence de um, liga-nos a todos".

Carlos Alves referiu que Vilar de Mouros e as suas gentes "bem podem hoje sentir-se orgulhosas da sua terra", porque "a maior riqueza de um povo apoia-se na sua história e nos seus valores culturais. O presidente da junta felicitou o GEPPAV pelos 10 anos de trabalho notável, "que garante que o património desta terra não se irá apagar de memórias futuras".

Recorda-se que a exposição "Famílias Vilarmourenses" está patente no CIRV e pode ser visitada até ao dia 2 de fevereiro, às sextas-feiras, das 15 às 19 horas, e aos sábados e domingos, das 10 às 13 horas e das 15 às 19 horas. Esta atividade conta com o apoio da Câmara Municipal de Caminha e da Junta de Freguesia de Vilar de Mouros.

O GEPPAV agendou para o dia 25 de janeiro, o próximo sábado, uma visita guiada ao património mineiro de Vilar de Mouros, com a geóloga Raquel Cepada Alves. A visita tem concentração marcada para as 15 horas na sede do CIRV. As inscrições são limitadas e podem ser efetuadas através do número 962750667. A visita guiada conta com o apoio da Câmara Municipal de Caminha e da Junta de Freguesia de Vilar de Mouros.

Da programação também faz parte a reposição da exposição "José Porto (1883-1965). Desvendando o arquiteto de Vilar de Mouros", que estará patente de 8 a 23 de fevereiro, no Centro Social e Cultural de Vila Praia de Âncora.

Informação Municipal (Portal da Câmara Municipal de Caminha)

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