Realizou-se recentemente o I Encontro sobre o Património Industrial no Alto Minho, organizado pelo Centro de Estudos Regionais e a Associação Portuguesa para o Património Industrial/TICCIH Portugal.
Teve como objetivo valorizar o Património Industrial da região, conferindo-lhe o lugar que deve ter no campo da investigação, da defesa e divulgação patrimonial.
Decorreu na Escola Superior de Educação de Viana do Castelo nos dias 14 e 15 abril de 2023 e, em representação do GEPPAV, Paulo Torres Bento ali apresentou uma comunicação subordinada ao título "Vilar de Mouros, aldeia industrial. Vinte anos de pesquisas do Grupo de Estudo e Preservação do Património Vilarmourense", que será oportunamente publicada nas Atas deste colóquio.
No dia 20 de agosto, no âmbito da III Feira do Livro Luso-Galaica, em Caminha, o GEPPAV apresentou o seu sexto trabalho publicado. Serões Vilarmourenses. Vidas, usos e costumes de um mundo que se perdeu, de seu título, reúne uma meia centena de relatos, escritos ao correr da pena, com estórias e tradições de Vilar de Mouros, a maioria das quais se perderam nos últimos decénios com a assombrosa aceleração da história de que todos somos testemunhas e protagonistas.
Os autores destas memórias, que representam no seu conjunto um autêntico retrato da vida da freguesia na primeira metade do século XX, são os vilarmourenses Manuel Renda (1912-2002), a título póstumo, e Plácido Souto (n.1936), elemento fundador do GEPPAV, a que se soma uma recordação de Alice Fontes Rocha (1923-2011), também já falecida.
Enriquecem este álbum de um modo significativo mais de uma centena de fotografias e outras imagens ilustrativas dos temas abordados, oriundas de arquivos familiares, que o Grupo de Estudo e Preservação do Património Vilarmourense foi paulatinamente recolhendo desde a sua criação, em 2004.
Na tarde do dia 11 de outubro, a convite dos animadores do programa "Tosta Mista", António Inglês e Luís Pinto, o GEPPAV, pela voz de Paulo Torres Bento, esteve na Rádio Afifense a falar de estuques e estucadores.
Na verdadeira pátria dos estucadores portugueses (Flórido Vasconcelos dixit), a freguesia de Afife, houve lugar para uma conversa animada a propósito da pesquisa realizada pelo GEPPAV sobre os estucadores e maquetistas vilarmourenses e ainda sobre a importância do Alto Minho, e de Afife em particular, no contexto nacional da arte do gesso e da cal.
Recorde-se que em 2009 a pesquisa do GEPPAV sobre estuques culminou com uma exposição sobre o tema na estufa do CIRV e a edição do trabalho "Dos caiadores aos estucadores e maquetistas vilarmourenses". Posteriormente, em 2016, os colegas e amigos do Nuceartes, de Vila Praia de Âncora, em conjunto com o Centro Social e Cultural de VPA, organizaram também uma exposição sobre os estucadores ancorenses.
No dia 20 de setembro, marcando o reinício de atividades após a paragem do verão, o coletivo GEPPAV deslocou-se ao Cabedelo, Darque, Viana do Castelo.
Bem na margem do Lima, não muito longe da foz, ali decorria uma escavação arqueológica de um antigo forno da cal, dirigida pelo Dr. Fernando Silva, arqueólogo vianense, com um recente mestrado sobre o tema e a preparar o doutoramento, que coordenava um grupo de estudantes universitários de arqueologia, a maioria da Faculdade de Letras da Universidade do Porto.
Para o próximo ano de 2018, por alturas do verão, se forem reunidos os apoios necessários, a ideia é realizar-se uma escavação similar em Vilar de Mouros, no chamado Forno da Madalena, perto da Calçada das Telheiras. Neste local se localiza um forno da cal, presumivelmente do século XVIII, que terá estado em atividade até aos anos 30 do século XX.